Às vésperas de completar 60 anos, Mercado Público de Nazaré da Mata ganhará área dedicada à cultura e turismo

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Publicado em 27 de setembro de 2025, por Ascom . | Categoria: Destaque
Foto: Eduardo Oliveira

A cidade de Nazaré da Mata se prepara para assistir a um dos projetos mais aguardados pela população sair do papel. O Mercado Público Doutor Porfírio de Andrade Lima, instalado na Rua 7 de Setembro, no coração do Centro, passa por uma ampla obra de modernização que promete ressignificar seu papel na vida urbana. Às vésperas de completar seis décadas de existência, em 2026, o equipamento histórico é requalificado pela nova gestão municipal para deixar de ser apenas um espaço de comércio de gêneros alimentícios e tornar-se um polo de valorização do turismo, da gastronomia e do artesanato.

As obras seguem em ritmo acelerado, coordenadas pela Secretaria de Obras e pela equipe de engenharia, com um primeiro foco no setor do lado direito do primeiro andar, área que por anos permaneceu ocupada por boxes inutilizados e que agora ganha novos sentidos. O trabalho está sendo realizado com recursos municipais do IPTU, pagos, anualmente, pelos contribuintes. 

Foto: Eduardo Oliveira

“O mercado público é parte da nossa memória e da nossa identidade. Modernizá-lo é devolver ao povo um patrimônio histórico, mas também preparar Nazaré da Mata para um futuro de oportunidades no turismo, na cultura e na economia criativa”, afirmou a prefeita Adriana Andrade Lima.

Ao lançar mão da modernização, a gestão municipal cumpre uma demanda antiga da população. Mais que uma intervenção arquitetônica, trata-se de um gesto político que reafirma o compromisso de reconstruir Nazaré da Mata a partir de seus símbolos mais reconhecíveis. Se, no passado, o mercado estruturava a vida alimentar e comercial da cidade, agora ele se projeta como motor da economia criativa, porta de entrada para o turismo cultural e vitrine da produção artesanal da região.

Do ponto de vista técnico, o secretário de Obras, Ruivaldo Pessoa, reforçou o compromisso de modernizar sem romper com a essência arquitetônica do espaço. “Estamos modernizando o mercado, mas sem perder a real identidade de sua arquitetura. Os incrementos visam dar mais conforto, qualidade e bem-estar aos futuros visitantes e turistas”, destacou.

Foto: Eduardo Oliveira

Já o secretário de Cultura, Washington Dário, ressaltou a expectativa de entregar o espaço à comunidade: “Estamos animados em poder logo, logo, fazer a entrega desse ambiente à população. Não temos dúvidas que todos nós estamos na expectativa de ocupar essa nova área do mercado, que vem para se somar à cultura local do nosso povo e atrair turistas.”

“O mercado público precisa voltar a pulsar no coração da cidade. Queremos que ele seja ponto de encontro, vitrine da nossa cultura e motor da economia criativa, em diálogo com o futuro que estamos construindo”, reforçou a gestora municipal, ao explicar que a obra faz parte de um planejamento mais amplo de requalificação de espaços públicos estratégicos.

Sobre o  Mercado Público Doutor Porfírio de Andrade Lima – É  um dos marcos da vida nazarena. Sua construção foi iniciada em 1º de julho de 1965 e concluída em 30 de setembro de 1966, sendo inaugurado oficialmente em 2 de outubro do mesmo ano, na gestão do então prefeito Torquato Ferreira Lima. 

Desde então, tornou-se referência de abastecimento e de sociabilidade, abrigando não apenas bancas de carnes bovina, caprina e suína, mas também o comércio da farinha da terra, símbolo da alimentação tradicional da Mata Norte, além de espaços de lanchonetes que faziam do mercado um ponto de encontro diário de famílias e trabalhadores.

A grandiosidade do equipamento também impressiona. São mais de 3 mil metros quadrados de área construída, uma dimensão que equivale a quase meio campo oficial de futebol ou a um galpão capaz de abrigar dezenas de ônibus urbanos lado a lado. Essa escala sempre conferiu ao mercado um caráter imponente, posicionando-o como centro econômico e social da cidade.

A modernização também carrega uma forte dimensão simbólica. O mercado não é apenas um prédio: é testemunho de histórias, palco de encontros, guardião de tradições que atravessam gerações. Ao mesmo tempo em que preserva paredes, boxes e corredores que guardam a memória coletiva, a obra abre caminho para que novos usos se instalem, dando ao espaço múltiplas funções sociais, culturais e econômicas.

 


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