O estande de Nazaré da Mata na Fenearte 2025 virou uma espécie de ponto de encontro de diferentes idiomas, sotaques e olhares curiosos. Desde a abertura da feira, no dia (9/7), o, o espaço na Rua 15, número 389, tem sido um dos mais disputados pelos milhares de visitantes que circulam pelo Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda. Evento chega ao fim neste domingo (20/7)

Com a energia contagiante do maracatu rural e uma explosão de cores e texturas, o estande reúne peças de cerâmica, couro, vidro, fibras naturais, moda e outros materiais produzidos por mãos nazarenas habilidosas. Mais do que produtos, cada obra carrega histórias e memórias que encantam até quem viajou milhares de quilômetros para estar ali.

“Vim de São Paulo e nunca tinha visto algo assim tão vivo, tão pulsante. É impossível não parar, fotografar e querer levar alguma coisa para casa”, disse a empresária brasileira Carolina Lopes, que comprou um mini caboclo de lança para presentear amigos.

Já para o casal francês Camille Dubois e Pierre Laurent, o estande foi uma descoberta surpreendente. “Estávamos apenas caminhando pela feira quando vimos as golas coloridas. Foi irresistível. Este é o tipo de artesanato que leva a alma de um povo para o mundo”, contou Pierre, enquanto tentava fotografar cada detalhe.

A procura é tanta que, em alguns momentos do dia, formam-se filas ao redor do estande. Visitantes se apertam para ver de perto as peças, pedir informações às artesãs e garantir o melhor produto. “As pessoas não querem só comprar, elas querem ouvir as histórias. Perguntam como são feitas as golas, de onde vêm quem são os mestres do maracatu. É um diálogo lindo”, comenta uma das artesãs escaladas para ficar no local, Severina Ferreira, conhecida por Mocinha. 

Turistas dos Estados Unidos, Argentina e até do Japão também passaram pelo espaço, registrando a experiência em vídeos e compartilhando nas redes sociais. “Viemos pela fama da Fenearte, mas o estande de Nazaré da Mata é uma atração à parte. As cores são vibrantes e as peças são de uma delicadeza única. Dá vontade de comprar tudo”, afirmou a artista japonesa Aiko Tanaka, que levou uma camisa confeccionada em bordado manual para sua galeria em Tóquio.